
Sons sem palavras, debitam o alarde
Das coisas que estão a acontecer
E nós ardendo na tarde
Buscamos algo para ser
Dizemos coração alto
Memória que se dane
Presos ao sobressalto
Do residual insane
Articulamos frágeis gestos
Entre o dia e o seu devir
Pantominas de bonecos
Que não tem para onde ir!
Januário Esteves
31-07-2007
(Bergman/Antonioni)