terça-feira, 31 de julho de 2007

O olho da palavra


Sons sem palavras, debitam o alarde
Das coisas que estão a acontecer
E nós ardendo na tarde
Buscamos algo para ser


Dizemos coração alto
Memória que se dane
Presos ao sobressalto
Do residual insane


Articulamos frágeis gestos
Entre o dia e o seu devir
Pantominas de bonecos
Que não tem para onde ir!



Januário Esteves

31-07-2007

(Bergman/Antonioni)