domingo, 23 de setembro de 2007

ad referendum



Ad Referendum a todas as propostas
Sobre aumentos de preços
Feitas pelo governo
Aos das águas bebedores
Não há meias medidas
A uma voz, ou nada, felizes os que não tem posses
Ou cadela nenhuma, não aceitandanto beneficios
À custa da liberdade
Não a mão mas o corpo é preciso dar, inteiro
Às coisas repetidas, acautelem-se as já usadas
Cárceres rigorosos permitem ao justo , julgar a mudança
A respeito de gostos e ironias
Aumentando a estagnação nos piores destinos
Pelo que as causas secretas das não coisas, imediatamente
Significam nada por entre a massa
Que nunca ultrapassa o fermento de si própria
Desesperando num favoravél lugar
Esquizofrénica a gente coberta de opróbrio
Vivendo as mais desgraçada existência
Do só consigo, escapa à inveja do mal sucedido
Nas lascivas emborcadelas do sangue das populações
Como uma babel de aglutinações fortificadas
Uma vez o mal, diz: - Levanta-te e caminha à cidade a ao Universo.



Januário

25/08/84
Rev. Em 23-09-07

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

tudo caminha


Tudo caminha
Em silêncio de música
Canção de súplica


A vida abre-se
A ti sonho distante
Meu estar enleante

Palmo de sentidos
Cobertos de cinzas
Os sentimentos banidos.



Januário

5/80

senhora vestida de preto


Senhora vestida de preto
corpo delgado sobre a largura
seu olhar de tão recto
enobrece sua figura
óleo vertido na paixão
da beleza descoberta em Olhão
de quem eterna fez Pousão.




Januário

20/1/86

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

folêgo


A vida é uma coisa desgraçada
Procurando a metáfora em mim
Dou pelo acordar da alvorada
Pelo insondável sem fim


Do tempo pavoneiam-se tristezas
Mas mais forte é a alegria
De ser apesar das incertezas
Um pouco mais justo dia a dia.


Januário

6-09-07