terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Cafede


CAFEDE





Vigilâncias carregam o sumir
Da existência, corvos de inquietação
Tudo se resume a não ter onde ir
Batalhas feras de Argamedão


Desamorados enleios que vibram
Na cor citrina dos objectos
Cheiros de suor que enfibram
Até os mais circunspectos



Crentes do azul adormecido
Plasmam vontades afectivas
Criadas no cerne escarnecido
As dilatam em perspectivas



Sósias de outra dimensão
Procuram sem fim o segredo
Só a chave do coração
Abre a fechadura do medo



Partir para longínquas alturas
Onde ser homem não custa tanto
Estancar o riso das nevruras
Em belos estribilhos do canto.




Outro Lugar


Castelo Branco

Januário
17/11/01

domingo, 1 de fevereiro de 2009

Beati pauperis spiritu (Excerto2)


Deleites
Enfeitados de cumplicidade pardacenta
Onde nada acontece, sortilégio de coisa nenhuma



Caminho
Sem serventia nenhuma busque oxalá
Outro vento levantasse o pó das ideias



Ou das estrelas
Outra luz refundisse o plasma cósmico
A poalha interestelar a nave descobrisse