quarta-feira, 20 de julho de 2011

ultraverbum


Sobre o mistério das coisas incertas, muitas coisas certas acontecem
No uivar constante do contido, a ventura não acontece ao herói
Nem vicissitudes deslumbram o otário da legislação, que mudo cobra o imposto
Da subserviência cega, que a todo o lado congemina a dúvida sobre o altar
E bifurca dois caminhos que todos conhecem como o mal e o bem
Para onde recônditos se escondem cozinhando as vésperas em lume brando
Numa azáfama predisposta a sorrir ao ditame que se incorpora
Na carne do suicidário como uma lepra vomitada sobre o outrem
Como algo escleroso que dormita connosco desde sempre
E nos dita o destino, assimilando o humano que resta da dizimação do quotidiano
Entre a barbárie que se instalou no jurídico, resta, indómita a única liberdade,
A morte.

Januário 15-05-2011