quinta-feira, 30 de agosto de 2012





14 ª Hora




Papá, diz, onde vamos
Eu quero ir brincar
Ao diz que diz, sirvamos
Aquilo que nos faz brilhar


Tudo nos vem de rompante
Lá para a frente do existir
E só fica o que nos cai na mente
Na sombra, obscuro a reluzir


Papá, que horas são?
Anda papá, vamos brincar
Traz o cegueta do Rafa, traz o cão
Para a cena acriançar


Oito anos apenas, tão leves
Asas esvoaçam das mariposas
Em cujas vidas tão breves
Retinam sem fim as glosas.
   

sexta-feira, 10 de agosto de 2012









6 ª Hora

Queria como os antigos gregos
Dar testemunho da progenitura
E viver sempre como sôfregos
Porque isso é que é natura


 Ser a regra do existir implícito
Que marca o horário da vida
Para que o beneplácito
Dê crença à dúvida


É nosso herói, nossa fraqueza
Luz que nos relança o alcance
De sermos sem vileza
O melhor da nossa performance


Esse vaso de cultura que extrapassa
O tempo milenar dando fruto
Na oriunda questão que nos ultrapassa
Ser com os demais usufruto.