
Inspirado pelas memórias avoengas
Aturdido pelo migrar das gerações
Fui pelo desejo de carpir às cegas
O que em muitos foram cessões
Mas em todos encontrei o fito
Por que sofreram e porfiaram
Portugal, Portugal, foi o mito
Por quem no fim se entregaram
Viam longe, pelo matagal cerrado
O que mais adiante se aglutinava
Num pasmar constante, de ignorado
A memória cáustica, aplicava
Boas lembranças improcedentes
Que a nós nos lembravam
Os dizeres das mortas gentes
Que tanto nos avisaram.
Januário
29-11-2007