
ESPITE
Notas de culpa endereçadas ao humano
Assumpta o existir nas trevas desconforto
Porque queremos irmanar o desengano
Fazem das nossas razões assunto morto
Nada lhes ocorre senão o umbigo cogitar
Carregam pesadas entropias assassinas
Periódicos brutos não sabendo amar
Inoculam as gentes de neurinas (urinas)
A despeito de nada querem tudo
Nem que seja só para doer o consumir
Do ser, com a alma que é seu escudo
Para eles se tanto nos valer, rir.
Leiria
Januário
(o despeito)
8/10/01
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