Epígrafe Nº 1
O avô
Januário era grande de olhos azuis, tinha vindo de Aiana
Moleiros
tinha por antepassados
Por
isso da farinha fez seu sustento
Mas
perdeu tudo na mó da vida.
Januário
01-11-2014
Epígrafe Nº 3
Epígrafe Nº 2
O
velho Duarte Ramos, era marceneiro
E
companheiro da minha avó
Paciente
e disciplinado, afável
De
boa memória o saudamos.
Januário
1-11-2014
O
Pastilha fazia-nos rir, jocoso que era
Mas
um dia a vida apanhou-o emboscada
Numa
seringa que o levou de vez
Da
modorra diária do nosso bairro.
Januário
1-11-2014
Epígrafe Nº 4
Tanta
pena me fez a morte do Honório
Esse
exemplo de cidadão que harmonizava confuso
Entre
os seus pares
A dádiva da sua simpatia.
Januário
1-11-2014
Epígrafe Nº 5
Na
muralha fendida do desespero
António
buscava os seus avatares
Mas
a vida fez o seu périplo curto
Como
seleccionado pela razia.
Januário
1-11-2014
Epígrafe Nº 6
Tinha
os nós dos dedos em chaga
De
tanta cortiça tirar, diligente
Só
o trabalho lhe interessava
Alberto
de seu nome.
Januário
1-11-2014
Epígrafe Nº 7
Silenciosa
ou silenciada, Rita era mulher
De
muitas virtudes como anfitriã
Aos
demais só enfatizava
No
clima telúrico da sua terra.
Januário
1-11-2014
Epígrafe Nº 8
O
Moreno era um rapaz com inclinações
Horizontais
e verticais, habituado
Ao calor do Alentejo
Até
que um dia virou cinza.
Januário
2014-11-27
Epígrafe Nº
9
Ricardo era
grande de coração
Conduzido
loucamente no descuido da temperança
Até um dia o
Tejo o recolher nas suas águas.
Januário
17-07-2015
Januário
17-07-2015
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