quinta-feira, 19 de março de 2009
terça-feira, 17 de março de 2009
terça-feira, 10 de março de 2009
Flor da Rosa

FLOR da ROSA
Naquela tarde de planície ao sol
Por entre calhaus e estevas que desabrocham em chagas de Cristo,
Meus martírios vi espelhados no Céu
Toda a luz recuava, o chão fendia, o medo se instalava
Do desespero da angústia, nasce a solidão, e a angústia, essa nasce de não haver amor,
Por isso creio em que remotos lugares são semelhantes a este,
Com montes, vales, arvoredo, água, e o cheiro peculiar de sua massa,
Instituímos um desejo, que o nosso sacrifício seja revalidação de todos,
Catedral de luz,
À rosa damos nós a beleza.
(a perfeição sublimada)
Crato
Januário
26/08/01
quinta-feira, 5 de março de 2009
GOVE

GOVE
As moscas embebedam-se no whisky
No copo meio cheio meio vazio
Enquanto a lenha crepita na lareira
Alguém está e não está
Consumido pelo fogo que justamente
Arde o ar do espaço
E se volatiza em vazio que preenche o espaço
A menos que o telefone toque
E aí surge a realidade
No sentido da voz
Que volta a encher o espaço
Na mesma medida, porém
Em que deixa de existir
Mal o cão ladre a presença
Da forma que se pronuncia
Na boca a degustação do vinho.
Decomposição
Baião
Januário
20/11/01
Nave de Haver

NAVE DE HAVER
No cimo do granito empedrado
Junto à Rua Direita que sobe
Jurei ao Dragão meu Fado
Pois quem não luta, soçobre
Temi meus dias escuros
Os dentes cerrei timorato
De quem movia obscuros
Pulsos do desejo nato
Construí a vontade de existir
Inventei a prole que me sustenta
Na existência pus o xis
Que mais me atormenta
Ter o ser na mão
E nele ser tudo
De hoje e então
Triste poeta mudo.
Sabugal
(o devir)
Januário
24/08/01
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