
NAVE DE HAVER
No cimo do granito empedrado
Junto à Rua Direita que sobe
Jurei ao Dragão meu Fado
Pois quem não luta, soçobre
Temi meus dias escuros
Os dentes cerrei timorato
De quem movia obscuros
Pulsos do desejo nato
Construí a vontade de existir
Inventei a prole que me sustenta
Na existência pus o xis
Que mais me atormenta
Ter o ser na mão
E nele ser tudo
De hoje e então
Triste poeta mudo.
Sabugal
(o devir)
Januário
24/08/01
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