
Haja sobre o sortilégio a praxis da aceitação
Que purifica o extremo que está nas antípodas
Cuja luz interfere sobre o abismo das idiossincrasias
Por cima do amarelo das tardes ensanguentadas de betão
Em que obscuramente são ditas as regras da sobrevivência
No reclame das insidiosas maledicências sexistas
E nós sobre o espaldar da identidade côncava
Repetimos a idolatria dos nossos antepassados
Mergulhando na mais obscura dissidência
Aprazemo-nos em retirar ao dia algumas horas
De pura anorexia para ser apenas um entre demais
Volantes e efémeros viandantes que se cruzam
Nos corpos que dialecticamente instauram
O pressuposto da resignação.
Januário
20-05-09
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