Morrer a vida e renascer na escrita
Eis o destino da predestinação repleta de dores
Nada sobra do volume que as coisas então tiveram
Como bolas de sabão frágeis e coloridas ao Sol
Que nos queima a miragem o vazio acrescentado
Em que destemperadamente porfiamos na tentativa
Única de existirmos sobre a falésia
A liquida sucessão do comprar e vender a imorredoira emoção
De amargura carregado pelo insucesso da causa
Que era a felicidade que se pretendia
Mas algo obscuro transfigurado tomou posse como um Deus proscrito
Que nos acaricia os desejos
Paridos de luxúria os olhos como Sóis de torreado Verão
Embalamos na brisa fresca de uma tarde calma
Comendo queijo e vinho e mordendo tua língua sedosa
Éramos como Deuses que se amam
3/10/99
Sem comentários:
Enviar um comentário